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Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não

Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
não não não não
Há uma voz que canta,
uma voz que dança,
uma voz que gira
Bailando no ar

Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez


Link: http://www.vagalume.com.br/raul-seixas/tente-outra-vez.html#ixzz2k0W3PSyd

serie espiritualidade - um olhar humano
serie espiritualidade - um olhar humano

Membro da comissão de negociação tenta controlar os bagunceiros. De repente o tumulto se transforma numa “torre de babel”. Todos falam ao mesmo tempo, ninguém se entende! Pessoas infiltradas.

O sonho da conquista da casa própria, na capital, se acaba...naquela noite. 

Sem alternativas para resistir, a rendição! No relógio, três horas da madrugada. A PM concede alguns minutos para rápida assembléia. Decide-se caminhar até a frente da prefeitura. Em fila, lado a lado do aparato policial. Três quilômetros de distância.

Poucos desistem. Maioria acampa na frente da prefeitura. Amanhece o dia e às dez da manhã uma comissão reúne-se com o Secretário de Habitação que agenda outra reunião para próxima semana. Jeito institucional dos prefeitos enrolarem quem precisa dos serviços da prefeitura. Não há política de habitação!

            Mesmo sem consenso a comissão aceita. Repassa o resultado à assembléia e vão embora. Cansados, fadigados, sujos, mas de cabeça erguida: ano que vem estaremos de volta e será diferente! Resistiremos, nem que seja na marra!

Alguém da comissão envia um relize pra imprensa. A impressa publica uma reportagem com um título em letras graúdas:

“Desordeiros causam prejuízos aos cofres públicos e Policia Militar tem dificuldade em contê-los”.

Contra-meditação

 

            De noite, antes de repousar, quando todos foram dormir, faço minha meditação.

            Ergo um oratório num canto da casa, ornamento com lembranças da estrada da vida e me ponho em posição de relaxamento.

            Sigo os passos do livro “Filhos e Irmãos no Espírito” de Pe. Nelson Carloni e Vilma Moreira. Inicio pelo exercício da respiração. De olhos fechados procuro sentir o ar que entra e sai dos pulmões. Quase impossível! Pelas frestas da porta e janelas o ar que entra traz de longe um cheiro forte de maconha consumida nas esquinas, quintais e mocós da Vila. Quando o clima é úmido, um cheiro horrível vem das águas do rio que corta a região. Nas noites chuvosas os abatedouros e outros fabricantes despejam poluentes no rio e o mau cheiro navega Curitiba adentro.

            O segundo passo da técnica é, ainda com os olhos fechados, ouvir! Ouvir todos os sons e movimentos de todas as formas de vida. Logo, a mente é assaltada pelos gritos dos bêbados cambaleantes, xingando com palavrões a estrada que não para de se mover e maldizendo os buracos que os derrubam. Freadas de carros, longe às vezes perto. Sirenes de viatura policial. Estampidos de tiro. Muito sinal de perseguição e morte de vidas.

            Para ouvir o som dos pingos da chuva que cai na calçada preciso driblar a imaginação, maculada pelos odores e sons cruéis. Só mesmo as ladainhas, trezenas e mantras, lotadas de artifícios, me coloca num mundo fantástico e doce porem melancólico.

            Meditar no sagrado recanto de nossas casas, de noite, é perceber que a vida caminha na contramão da historia. Meditar no sagrado recanto de nossas casas, de noite, é observar o lado avesso da cidade de Curitiba.

 

 
   

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diário de uma ocupação urbana

                                                                      

Decisão tomada em assembléia com mais de trezentas pessoas determinadas! Ocupar cem casas prontas, dez anos abandonadas. Casas construídas pelo Governo do Estado com dinheiro da Caixa Econômica Federal. Ocupação legítima.

            Exatamente meia noite, sábado, reza-se um pai-nosso e ocupa-se. Mulheres e homens, Crianças e adolescentes, Jovens e anciãos! Menos de vinte minutos chega a polícia militar, guarda municipal e seguranças particulares. Surpresa! Como pode a polícia chegar tão rápido numa ocorrência? Vazou informações.

A negociação com os PMs é tensa. Fazem pressão psicológica com exposição de armas e munições, cães, sirenes e giroflex ligados, policias em posição de tiro...! Tudo ao mesmo tempo no meio da madrugada. A polícia amedronta a maioria.

- Se pelo menos tivéssemos tido o tempo de organizar a resistência! Pensa um líder. Bastaria organizar grupos de quinze em círculo. Cada lateral e o fundo protegido por grupos. Na lateral que tem mata deixaria cães amarrados... Com essa estratégia era “tudo de bom”.

Epa! Adolescentes levaram bebida alcoólica, escondida. Nada falta! Algazarra e tumulto durante a negociação. Fortalecimento da ação policial.

 

de que todas as classes arrecadam e gastam riquezas e repetem-se, em todas as classes, as mesmas formas de arrecadar tais riquezas. A maior diferença entre as classes é como se gasta o que arrecada.

Para alguns, a riqueza é como água nos vãos dos dedos. Outros possuem a riqueza como um Tio Patinhas. Mas nem Tio Patinhas nem água nos vãos dos dedos são duas formas de gasto recomendável.

É preciso planejar. De acordo com a classe. Com racionalidade. Sem ambição.

É preciso ensinar aos filhos como negociar justamente, como gastar com equidade, a não ter cartão de credito, nem cheque, nem celular de conta, ter sempre no bolso uma relação de coisas a serem adquiridas no futuro (coisas a altura de sua renda), senão dá no que dá. Ninguém pode ficar sem comer, economizando de um salário mínimo para comprar uma Ferrari. Vai passar fome a vida inteira e nunca terá uma ferrari.

 

                             

 

 

ORAÇÃO DO PROFETA ELIAS

 

Ó Profeta Elias!

Afastai a escuridão da comunidade.

Não deixe apagar a esperança e o zelo pela luta

Nos membros da comunidade.

 

Daí força ao nosso povo

Para que veja na luta

O evangelho de Cristo, anunciado aos homens.

 

Ó Elias, zeloso pela palavra de Deus,

Fazei que nossas famílias vivam mais unidas

E saibam educar os seus filhos nos mandamentos de Deus.

 

Ó Elias!

Daí a nossa comunidade,

Muita força para lutar uns pelos outros,

Muita fé e amor.

Fazei que a palavra de Deus,

Seja vivida e colocada dentro de nossa história,

Para que cada um seja um verdadeiro trabalhador

Na construção do Reino de Deus

Aqui e agora.

Ó Profeta e homem de Deus!

Nós acreditamos nos teus milagres

E também acreditamos

Nos milagres de Deus na comunidade.

Fazei que as pessoas que vivem em desunião,

Atrapalhando a construção do reino,

Encontrem em teu exemplo,

O poder de amar uns aos outros.

 

Ó Profeta Elias!

Daí ao povo pobre muita força pra lutar,

Muito amor e muita vontade

Para carregar sua cruz com o Cristo.

 

Ó Profeta Elias!

Que amou tanto os jovens

E como jovem se dedicou à luta pela justiça,

Acompanhai a nossa juventude

Que busca na bíblia a força e a coragem

Para combater as maldades que atrapalham a comunidade.

 

Daí força, esperança e luz, aos jovens na sua caminhada,

Para que através do Cristo, ajudem a todos que lutam

Para libertar o homem

De toda forma de opressão.

 

Oração resgatada da história da Comunidade Profeta Elias, Vila Lindóia. Um núcleo de CEB`s que suspira teimosamente no aguardo da misericórdia dos ideólogos da nova evangelização.

Diferenças e igualdade de classes

 

Tenho muitos amigos. Uns pobres e outros muito pobres; uns quase ricos e outros ricos. Porém, uma coisa eles têm em comum: Como e quanto gastar o que ganha.

 Por muito tempo pensei que a única igualdade entre os muito pobres, pobres, quase ricos e ricos era apenas a forma como cada classe arrecadava sua renda. Não é!

O malogrado costume de acumular riquezas de forma ilícita é praticado por pessoas de todas as classes. E em todas elas há os “santificados” e os “puros”.

Em toda classe há alguém usando outro como gangorra. Uns pouquíssimos pobres ascendem vertiginosamente, puxados pela classe superior; uns pouquíssimos ricos descendem vertiginosamente, puxados pela classe abaixo;

Isto é: todos ganham. Muito pouco, pouco, bastante ou mais que bastante, todos ganham. Assim ou assado, todos ganham. A diferença é como as pessoas gastam o que ganham?

Não é pecado ser rico, não é pecado ser pobre. Pecado é um rico gastar o que ganhou como se fosse pobre ou um pobre gastar o que ganhou como se fosse rico.

Portanto, há muita semelhança e muita diferença entre pobres e ricos. A maior igualdade é a

Aquieta num canto

Encobre o corpo

Continua sonhando

Não acorda menina

Não acorda menino.

 

 

 

 

 

                               

 

 

                                         

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O pulo do gato

 

Certa vez um tigre quis ficar mais ágil, pois não conseguia abocanhar alguns tipos de animais da floresta.

O tigre tinha certeza da sua força, mas a floresta não tinha mais aqueles animais grandes e lentos que ele pegava com facilidade.

A maioria dos animais era pequena e rápida. Escondia-se em tocas ou ninhos feitos no topo de árvores.

Os bichos leves driblavam o tigre com facilidade e às vezes fugiam deixando-o cansado com a língua de fora.

O tigre sentia-se um fracassado e cada dia tinha menos vontade de lutar pelo sustendo.

Finalmente o tigre conseguiu livrar-se do orgulho de grande e forte e assumiu estar lento e fraco e decidiu procurar ajuda entre os bichos.

Depois de muito procurar encontrou o gato que topou ensiná-lo como ser ágil e veloz.

O gato ensinou ao tigre, quase tudo que sabia.

Ensinou dar saltos à frente para alcançar um bicho veloz.

Ensinou dar pulos e alcançar um animal no alto.

Ensinou subir num tronco com rapidez e pegar os que se escondem em árvores.

Ensinou ficar na espreita e surpreender os que andam desconsolados.

Ensinou imitar a voz dos distraídos e capturá-los com facilidade.

Ensinou como cercar um driblador cansá-lo e depois dominá-lo.

Ensinou muitas técnicas de perseguição e defesa.

O tigre aprendeu rapidinho.

Em pouco tempo já não tinha fome, conseguia se alimentar todos os dias.

Mas o tigre ficou orgulhoso e ambicioso demais e resolveu comer o gato.

Então o tigre ficou na espreita e esperou o gato num caminho.

Derepente o tigre pulou para pegar o gato e comê-lo.

O gato deu um salto pra trás e se livrou das garras do tigre.

Então o tigre disse ao gato:

- Espere um pouco! Porquê você não me ensinou esse pulo?

E o gato respondeu:

- Porque você não se contenta com o que tem, é orgulhoso e não respeita aqueles que lhe ensinaram vencer na vida.

O tigre aprendeu mais uma lição. Os fracos e oprimidos podem ensinar, atacar e defender, quando necessário.

Do começo ao fim da vida

 

 

É uma criança

Menina menino

Imagem de Deus

Anjo divino

 

Viaja no céu

Caminha na lua

Toca as estrelas

Quando está dormindo

 

Passeia na chuva

Anda na floresta

Sorri para vida

Constrói o destino

 

Pedala no vento

Namora com o sol

Imita o cruzeiro

Sem desatino

 

Ampara a chuva

Esfria o fogo

Acalma a tormenta

O amanhã está vindo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    Horácio Soares

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                      Agradecimentos a

 

                          Família

 

                               Amigos

 

                                   Comunidade

 

                       Curitiba, outubro de 2006.

 

 

 

Dê sua opinião: josedomingos13@hotmail.com

 

                        Fone: 3347-8692 / 9687-5569

 

Xilogravuras de Horácio soares

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                    JOSÉ DOMINGOS DA SILVA

 

 

                     

Periferia

       UM OLHAR HUMANO

                              Série: Espiritualidade    1