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Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não

Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
não não não não
Há uma voz que canta,
uma voz que dança,
uma voz que gira
Bailando no ar

Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez


Link: http://www.vagalume.com.br/raul-seixas/tente-outra-vez.html#ixzz2k0W3PSyd

Educação dos filhos
Educação dos filhos

A educação dos filhos

 

Prezada(o) leitora (or)!

 

Vou tratar de um assunto ponderável. Pais e mães com idade média de vinte e cinco anos.

Quando subtraímos vinte e cinco de dois mil, chegamos ao ano mil novecentos e setenta e cinco.

Nesse ano vivianos, no Brasil, sob o comando de um regime militar e era uma ditadura política, portanto, em tese, a ditadura era o regime oficial.

A característica base dessa época era a proibição, a censura, a repressão. Todo comportamento e ação era vigiado de duas maneiras: a) primeiro pelo código explicito de regras morais, onde estava escrito tudo o que podíamos pensar, dizer e fazer, e se não cumprisse esta sujeito a punição severa, inclusive poderia ser punido com morte, sem direito a defesa; b) outra maneira do governo vigiar as pessoas era pela divulgação do medo, do reforço do sentir medo. Medo de estar vigiado, medo de pensar diferente, de fazer diferente, de ser diferente. Medo da punição e da morte. Destes, o mais terrível era o medo de ser diferente, o que é difícil de segurar.

Não tanto nś, mas principalmente nossos pais, nossos educadores, nossos formadores de opinião, foram podados. Tiveram que mudar a forma de educar. Eram literalmente obrigados a dizer não, a proibir, censurar, repreender. Negação, censura e repreensão, eram métodos de educação, permitidos publicamente e também nas escolas. Aqui o método não importava com o conteúdo e sim com disciplina. Era mais importante a disciplina.

Voltando no tempo um pouco mais, percebemos que nossos pais experimentaram a ditadura vargas. Algumas avaliações sociológicas dão conta de que foi uma ditadura terrível, diferente por não ser ditadura militar, porem a caracteristica era a mesma: proibição, censura e repressão.

Isto é, nós, quando adolescentes e juventude vivemos sob os mesmos métodos educativos que nossos pais.

Essa constatação me faz questionar os dias de hoje, o método de educação que utilizo para educar meus filhos e o método utilizado na escola que trabalho ou na que meu filho estuda.

De vez em quando escuto profissionais da educação, das ciencias humanas e das exatas, que é necessário mais autoridade dos pais em relação aos filhos desobedientes, mais repressão aos filhos que não seguem os conselhos dos pais, mais punição aos filhos quando cometem erros, mais censura aos filhos quando escutam certos tipos de música ou de moda, ou dança ou diversão.

Essa afirmação não é condizente com a evolução pessoal, tecnológica, política, do modo de ser, pensar e agir, dos últimos vinte e cinco anos.

Não mais vivemos a característica da censura, da proibição e da repressão, portanto não convivemos mais com aquele medo de pensar e agir.

Dizer nãos aos filhos não pode ser encarado como forma de resolução aos problemas familiares e sociais; censurar os filhos não é a forma correta de ensinar o que é bom e o que é ruim para eles; repreender os filhos com punição não é a meneira correta de mostrar a nossa capacidade de julgá-los.

Tudo isso nos dias de hoje foi substituido pelo dialogo. qualquer ação contrária ao diálogo é abertura para ditadura, para volta do regime da negação.

Os admiradores da ditadura dizem que existem um grande numero de vagabundos, meninos de rua, marginais, imorais. Tudo bem: existe sim! Mas, eles são os frutos da negação. Nós ainda não colhemos os frutos do diálogo.

Se compararmos os níveis, volumes e tipos de criminalidade e marginalidade atual com os de vinte cinco anos atrás, notaremos que hoje houve uma grande diminuição e caminha para resultados ainda melhores.

Outro ponto importante é que nos últimos vinte e cinco anos não ocorreu somente evolução tecnico-cientifica, mas sobretudo da moral, da ética e da religião.  Na moral de hoje temos a contribuição da constituição brasileira por ter sido construida coletivamente e ser modificada através do legislativo.

Na ética de hoje temos a contribuição da consciencia dos direitos e deveres, isto é, não temos medo de pensar e agir e sabemos que podemos errar e sermos punidos, no entanto, na maioria das vezes erramos procurando melhorar.

Na religiaõ de hoje se fala e se pratica cada vez mais o ecumenismo. E a evolução mais marcante da religião é o fato dos padres terem largado o latim e viraram de frente aos fiéis e passaram a encarar o homem e a mulher coo sujeitos da religião.

Não gostaria de sugerir nenhum modelo educativo, mas estou certo de que se conversar com meu filho sobre tudo, absolutamente tudo, desde sua gestação; se mostrar-lhe todas as coisas e as verdades das coisas do mundo, desde seu nascimento, terei preparado ele para tomar decisões. E se ele errar, errará por ser humano, errará por ter tentado acertar. Não aerrará pela falta de conhecimento. Afinal, nossos maiores erros se justificam pela nossa falta de conhecimento. nossos maiores erros se dão por ter de caminhar e por caminhar sem saber para onde quero e devo ir,

A minha consciencia me leva a crer nessa idéia porque um erro acontece influenciado por várias interferencias e a influência menos perigosa, menos perniciosa, é a influência dos pais e mães que amam de verdade os filhos.

Creio piamente que nenhum pai e nenhuma mãe ensina o filho a ser um mentiroso e na pior da hipóteses a ser um assassino. Quando o filho torna-se mentiroso ou assassino, ele o faz por motivos, os quais, não são culpa da família e sim da sociedade e do Estado.

A sociedade e o Estado influenciam drasticamente nos erros de uma pessoa. Como? É facil saber.

A sociedade é formada basicamente por instituições formais e cunho juridico. E a familia, que tambem é uma instituição, se difere da sociedade pelo aspecto transcendental, mistico e espiritual. Cada instituição da sociedade tem um papel, embora compostas por pessoas, regulam comportamentos e levam pessoas a serem felizes ou infelizes.

O Estado então é o regulador máximo disso tudo. Também formado por pessoas, carrega sobre si uma missão onipotente. O Estado é mais venerado ainda por ser responsável pela justiça e por isso mesmo chega a ser o mais impiedoso e injusto. A sociedade e o Estado determinam modos de vida, mudam regras de comportamentos sem a permissão ou muito menos, sem a concordância da família.

O que foi a ditadura militar e a ditadura Vargas senão mudanças radicais de regras e comportamentos das sem concordância da família? O que é o desemprego senão o resultado da falta de oportunidade de trabalho que por sua vez, a oportunidade de trabalho é propriedade de instituições jurídicas? O que é a miséria senão o resultado do acúmulo dos bens necessários para a plenitude da vida?