Sabe Deus se a propagação do homossexualismo no interior da Igreja Católica e se a pedofilia praticada por sacerdotes não sejam frutos do movimento de reclusão, da internação dos candidatos a Padres em conventos ao invés de serem formados junto e com o povo pobre humilde.
O homossexualismo em particular, tem sido um problema de difícil solução para a Igreja. Constata-se que há equivalência entre o aumento do homossexualismo na Igreja, o desaparecimento das CEB´S, e o novo jeito da Igreja Católica combater o comunismo, principalmente o comunismo do leste europeu.
O aparecimento de Nossa Senhora na cidade de Fátima, Portugal, foi um episódio que teve dois desdobramentos importantes. Um religioso e outro político.
Uma geração inteira colocou toda sua razão de vida nos três segredos da Virgem a serem revelados. Parte da Igreja pregou que esses segredos seriam o acontecimento de vários mistérios e dogmas da Igreja. Poderia ser um anjo que desceria do céu assim como é descrito nas narrações e pintado nas telas; um clarão no céu faria um aleijado sair andando, um cego passar a enxergar...tudo derepente.
Muitos desses católicos frustraram-se com a revelação dos segredos. Eram relativos a fatos eminentemente políticos e estavam claramente associados à manutenção do poder da Igreja Católica Romana.
A aparição em outubro de 1917, mesmo mês e ano da revolução russa na qual ascendeu o comunismo para o mundo, foi, mais que uma demonstração do poder divino, um belo plano de oposição política elaborado pelos pensadores da Igreja Católica.
Convocar os católicos do mundo para uma nova cruzada, dar armas aos católicos, partir para um enfrentamento armado contra os comunistas, seria uma tolice, pois a mentalidade católica não mais cairia nesse conto de vigário. Alem do quê, os comunistas venceriam pois haviam vencido uma importante batalha.
Se não deu pra ter uma cruzada armada teve então uma cruzada ideológica. Junto da liturgia devocional, uma mensagem de ódio contra os comunistas. Os comunistas eram a personificação do diabo. Comiam dedos de criança. Entrariam em suas casas e saqueariam tudo que você tivesse. Você trabalharia e o resultado de seu trabalho pertenceria ao governo comunista. Você seria escravo do governo e não teria liberdade nem para poder ir a uma igreja.
Os três segredos serviram de esperança, que o mundo seria liberto dos malvados comunistas e reinaria definitivamente a paz prometida pelos céus.
Quando se revelou o primeiro segredos muitos devotos de Fátima ficaram frustrados. A deflagração de uma guerra mundial nada tinha a ver com os mistérios divinos. No segundo milagre a mesma coisa. No terceiro milagre a frustração foi maior ainda. O atentado contra o Papa João Paulo II não preencheu o desejo inicial.
Os três segredos revelados são fatos ligados diretamente a manutenção do poder da Igreja Católica no mundo. Tanto do poder político quanto do poder de Estado dentro da Europa. Se o comunismo avançasse pela Europa o Vaticano fatalmente deixaria de ser Estado.
Outra ameaça aos poderes da Igreja Católica surgiu no final da década de 70, com o surgimento das Comunidades Eclesiais de Base. A Igreja resolveu dar o tiro fatal nessa história. Dizendo que as CEBS eram inspiradas no movimento político comunista, colocou João Paulo II, da Polônia, um País comunista por natureza, para comandar o processo cessão da liberdade religiosa.
O primeiro e único papa fora do eixo europeu dizimou comunidades organizadas, atacou ferozmente a teologia da libertação e sua política foi claramente aliada aos princípios da ideologia político liberal.
Na prática, os religiosos abandonaram as comunidades, afastaram do contato com o povo e passaram a rezar num novo código canônico. Os religiosos voltaram para dentro do convento, se enclausuraram em suas celas e não observaram uma regra da natureza humana. A energia sexual reprimida, um dia florescerá. Homossexualismo e pedofilia no interior da Igreja católica só tem sentido, entendendo-as como resposta da natureza humana dos religiosos as repressões da estrutura ao erotismo pessoal, não trabalhado, não compreendido como uma força humana que nunca morre.